(Uff 2008)
Sempre que se ouve alguma referência a embates - reais ou imaginários - entre ciência e religião, o nome de Galileu (1564-1642) é invariavelmente invocado. No entanto, J. A. Connor apresenta em seu texto “A Bruxa de Kepler” um pensador que, segundo o autor, teria sido realmente fiel a seus princípios intelectuais, morais e religiosos, muito mais que Galileu: Johannes Kepler (1571-1630). Vivendo em uma parte da Europa dilacerada pelas guerras de religião, sofrendo perseguições por causa da sua fé luterana, Kepler ainda assim revolucionou a compreensão que temos do mundo.
Um dos grandes legados de Kepler para a ciência foi a sua terceira lei: “o quadrado do período de revolução de cada planeta é proporcional ao cubo do raio médio da respectiva órbita”. Isto é, sendo T operíodo de revolução do planeta e r a medida do raio médio de sua órbita, esta lei nos permite escrever que:
T2 = K.r3, em que a constante de proporcionalidade K é positiva.
Considerando x = log T e y = log r, pode-se afirmar que: